(Escrito e para ler ao som de "I can't make you love me", George Michael)
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Deixa-me ouvir-te dizer o que te aflige. Desabafa.
"Caminho para o abismo, mas sinto-me liberto."
Sim, mas eu não te deixo cair.
"Sinto-me mal, mas o peso que tinha cá dentro... desapareceu."
Deixa-me curar essa dor com os beijos mais leves.
"Agora percebo. O amor é o mais importante. O amor que nos enche a alma. O amor que nos dá energia."
Então estás no sítio certo. Deixa-me amar-te.
E então lembro-me do dia em que nos separámos. Porque eu queria mais. Porque te amava. Porque te queria para além dos lençóis. Porque não consegui fazer-te entender que também tu consegues amar. Também és doce. Arrebatador para além do prazer.
Tu não sabes - ou não consegues entender... - mas tu és amor. É por isso que és tão infeliz...
Tenho a parte tua do meu coração partida em mil fragmentos de dor porque te sei infeliz. Perdido. A caminho do abismo. E não te consigo dar a mão. Estou longe demais para te abraçar.
E não consegui que me amasses... porque não te deixaste ir? Porque nos fechámos a porta..?
6 comentários:
Gosto de acreditar que as pessoas não entram na nossa vida por acaso, não permanecem por acaso, não saem por acaso e também não voltam a entrar (quando isso acontece...)por acaso.
Acho que muitas vezes o que causa tantos desencontros é uma questão de timing. Tu quereres algo agora, que a outra pessoa não quer, e daqui a um tempo ela já querer...e tu estares noutra.
Mas...mais uma vez, gosto de acreditar que vamos tendo as respostas que procuramos. Provavelmente não logo quando as perguntas nos massacram, mas, que as respostas vão chegando, disso tenho cada vez menos dúvidas.
Beijo grande
Uma vez alguém me disse algo assim: "Lutaste tanto por mim, por nós, e não soube dar valor. Perdemo-nos. Quando nos perdemos, encontrei-me. E agora? E agora que te amo? Agora, que me tens, o que vais fazer com isso?". Respondi que nada. Simplesmente nada. Percorri com ele o caminho que ambos precisávamos para crescer, evoluir, chegar mais longe. E os nossos caminhos, hoje, não são mais juntos. E sei que, finalmente, ele está hoje preparado para reconhecer o amor noutro regaço qualquer. E eu sei o tipo de amor que não quero mais. :) Tudo tem um sentido na vida... tudo. Beijo vermelho. :)
Nikita
Neste caso tem sido um "entra e sai" da minha vida danado! Quando penso que se esqueceu... volta. A minha "sorte" é que nunca volta inteiramente... O meu "azar" é que me deixa sempre num frenesim, como quando te estás quase a vir... e não vens. Argh.
De facto o nosso timing nunca bateu certo. E eu sei que, pelo menos para mim, foi melhor assim.
Gosto dele, gostei sempre e sei-o infeliz - é isso que me mata. Não poder fazer nada para o ajudar, nada mais do que estar aqui com os ouvidos abertos e um ombro à espera.
Neste caso é ele que precisa de respostas... desconfio é que tem estado desde sempre a fazer as perguntas erradas. Mas essa luta não é minha.
Beijo viajante e obrigada por estares aí <3
Red... não poderia ser um resumo melhor do que se passa. :) Na mouche!
Só divirjo de ti nesta frase: E sei que, finalmente, ele está hoje preparado para reconhecer o amor noutro regaço qualquer.
Eu sei que ele consegue... pensei que estivesse preparado... mas não está. Ou talvez ainda não tenha encontrado o regaço certo. Acha-se incapaz de amar... de ser amado. Aqui reside a luta dele. Mas como já disse à Nikita, essa luta não é minha...
Beijo viajante!
"Beijo viajante e obrigada por estares aí <3"
[Só entre nós...
Desde que voltei a escrever que constatei que muita coisa mudou desde os "velhos tempos"...
Para mim, "ter-te aqui", além de ser um prazer porque sempre adorei ler o que escreves, acaba por ser também um certo conforto, porque de certa forma já nos "conhecemos" um pouco, e sinto uma segurança adicional.
Não sei se me consegui explicar bem!]
Beijo para ti
Nikita, aqui entre nós... sinto exactamente o mesmo. A gande maioria dos blogues que lia, foram-se... e ainda não encontrei muitos que me prendam como outrora. Sim, tu para mim também és a minha "amiga das viagens" e, principalmente, alguém em quem posso confiar.
BEIJO*
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