Francesca in "E Deus criou a mulher" |
"Não", disse, quando as tuas mãos violaram a paz quente da minha pele, irrequietas, impacientes.
Não me respondeste. As mãos ansiosas acalmaram, mas não pararam.
"Não", repeti, e a gana de te foder crescia em mim, não tanto pelo estímulo dessas mãos que já me conhecem tão bem, mas porque ando assim, sensível (um eufemismo), esfomeada (uma realidade aproximada).
Os teus beijos enlouqueceram-me mas, ainda assim, não queria ceder. Virei-me de costas e foi esse o meu erro fatal: sentir o teu sexo duro contra o meu rabo deu cabo dos meus planos maquiavélicos de recusa.
Fodi-te com a boca. Depois, fodeste-me tal como te
"Hoje fizeste-me lembrar dos nossos tempos de estudante, quando ia passar a noite contigo a tua casa."
Fechei os olhos e tentei controlar as lágrimas que me assolaram tão violentamente como a paixão vivida há instantes. Como me podes tu conhecer tão bem sem saber tudo de mim?
"Até amanhã amor."
E a meio da noite o doce torpor do amor veio cobrir os nossos corpos cansados da paixão.
6 comentários:
Nunca sabemos tudo sobre o outro, nunca. Cá em casa isso não só é algo falado, como é algo consciente. Ambos temos os nossos jardins secretos e ambos aceitamos que o outro também os tenha. E essa verdade absoluta é o que faz com que nos conheçamos melhor que ninguém. ;)
Adoro o meu jardim secreto. Adoro que seja assim - secreto. Ele não sabe, mas é esse lado oculto de mim que me acalenta. (isso e outras coisas, claro ;) )
Já percebo a história do "ler os pensamentos" ;)
Esta tua descrição está uma delícia de ler...e imaginar!
;)
Nem chega aos pés dos teus textos... mas agradeço! É bom saber que as minhas palavras conseguem estimular a imaginação!
"Nem chega aos pés dos teus textos..."
Acho que é mais o contrário ;)
Eu é que ainda tenho muito arroz e massinha para comer!
Beijo
Ahahahah, tonta! ;)
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